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A Reforma da Previdência trouxe diversas mudanças e o sonho de se aposentar ganhando bem ainda é um desafio.
Muitos brasileiros sonham em se aposentar, mas ainda ganhar bem, ou até mesmo receber o equivalente ao teto da previdência social, de R$ 7.786,02, mesmo que o seja complexo.
Uma maneira de ter autonomia sobre a renda mensal que será recebida na aposentadoria, sem depender das regras do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) , é ir atrás de um planejamento financeiro próprio.
Assim, os investimentos se mostram como grandes aliados para complementar ou até mesmo garantir o acesso a uma renda mensal digna no futuro.
O especialista em mercado de capitais, Josias Bento, explica que para receber uma renda previdenciária vitalícia de R$ 7,7 mil mensalmente, o investidor deveria acumular, em média, R$ 974,5 mil, seja em qual for o investimento.
Aplicando mês a mês em uma carteira diversificada de renda fixa que renda pelo menos 0,8% mensalmente, é possível chegar à cifra em 34 anos.
Os brasileiros devem ficar informados, já que, atualmente, existem várias aplicações que atingem esse percentual de rendimento mensal, como o Tesouro Selic e também produtos privados, como Certificados de Depósito Bancários (CDBs) e Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio.
Uma outra via interessante são os fundos de previdência privada, que podem garantir o retorno necessário para obter o salário mensal desejado no futuro, além de contarem com várias estratégias.
Bento, ainda explica, que “não existe um melhor investimento para a aposentadoria. O mais usado é a previdência privada, que é um bom produto, já que tem muitos benefícios fiscais e possui caráter sucessório”.
Por meio dos fundos de previdência, os brasileiros podem se beneficiar da ausência do “come-cotas”, ou seja, cobrança antecipada de Imposto de Renda (IR) no momento da arrecadação. Além disso, pode-se ainda citar a ausência do Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e da Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).
“Utilizando fundos de previdência privada (PGBL/VGBL), o investidor pode garantir eficiência tributária e flexibilidade para ajustes ao longo da aposentadoria. O PGBL é especialmente vantajoso para quem declara o IR completo, permitindo deduções fiscais, enquanto o VGBL é ideal para sucessão patrimonial”, diz o planejador financeiro e especialista em finanças, Marlon Glaciano.
Outro aliado também na hora de planejar a aposentadoria é o Tesouro IPCA+, uma vez que ele paga a variação da inflação mais uma taxa prefixada anual.
“Este título público é essencial para quem busca proteger seu poder de compra na aposentadoria, já que corrige o valor aplicado pela inflação e ainda oferece uma taxa de juros real”, afirma Glaciano.
O especialista ainda sugere que “para quem deseja renda mensal na aposentadoria, a modalidade com juros semestrais pode ser interessante. Esses cupons pagos a cada seis meses podem ser usados como complemento da renda, proporcionando um fluxo constante de caixa, já ajustado pela inflação.”
Com informações do e-Investidor