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A inadimplência das empresas encerrou 2009 com alta de 18,8%, o maior percentual de crescimento desde 2001 (29,2%), segundo pesquisa da Serasa Experian divulgada nesta sexta-feira (29). Para os analistas da companhia, a liquidez reduzida em razão da menor oferta de crédito e da falta de opção de financiamento no mercado foi a principal responsável pelo índice.
“As exportadoras, por sua vez, foram as que mais sofreram com a crise. A recessão e baixo crescimento das principais economias globais, juntamente com a valorização do Real, afetaram diretamente seus negócios”, informou a Serasa em nota à imprensa.
As perspectivas para 2010, porém, são mais positivas. “A oferta de recursos às empresas terminou o ano com evolução gradual. Para 2010, a expectativa dos economistas da Serasa é que o crédito às empresas cresça num ritmo mais acentuado que o do consumidor, com inadimplência em queda por todo o primeiro semestre”, explicou.
Destaques
Em 2009, o ranking de representatividade da inadimplência das empresas foi liderado pelos títulos protestados, com 41,5% de participação no indicador. Em 2008, tal percentual foi de 41,7%.
Em seguida estão os cheques sem fundos, que totalizaram 38,6% do índice, contra 39,1% no ano anterior.
Fecham o ranking as dívidas com bancos, com 19,9% de representação em 2009, acima dos 19,2% verificados ao longo de 2008.
Valor das dívidas
As dívidas com bancos tiveram um valor médio de R$ 4.569,30, o que resultou em 3,9% de elevação, ante 2008. Os cheques sem fundos, por sua vez, apresentaram um valor médio de R$ 1.736,13, com 9,4% de crescimento. Já os títulos protestados alcançaram um valor médio de R$ 1.679,83, resultando em 26,2% de aumento sobre o ano anterior.