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Dentre os pontos que têm chamado a atenção de várias corporações quanto ao gerenciamento de estoque estão a avaliação de pagamentos em excesso de tributos sobre a operação, dificuldades em equilibrar o fluxo de caixa, e a identificação de gastos em excesso com a logística da operação. As questões que são normalmente apresentadas aos gestores: Qual o seu giro médio de estoque e qual a sua política, ou, programação para a reposição desse estoque.
Na grande maioria das vezes a empresa não tem resposta para esses questionamentos. Procuramos, então, esclarecer que, se não temos uma prática consistente de reposição do estoque, é possível correr o risco de vendermos todo os produtos que mantemos armazenados, ou estocados; o que sem sombra de dúvidas é bom, mas focando essa situação pontal, considerando que se não ocorrer uma reposição programada, isso poderá afetar o montante de impostos a recolher visto que não teremos, ou, incluiremos de maneira defasada a apropriação de créditos pela aquisição de insumos e mercadorias para revenda.
Abordamos, também, que essa não programação pode afetar o fluxo de caixa, já que na urgência de repor estoque, urgência essa, pela falta de programação, os pagamentos pelas compras são à vista, ou com prazos reduzidos para quitação além de valorização mais elevada pela urgência da entrega, isso se comparado com o prazo de recebimento pelas vendas, que é invariavelmente mais longo, e finalmente abordamos o excesso de gastos logísticos pela não programação dos estoques, ou seja, necessidade de transporte rápido, sem condições negociais favoráveis, necessidade imediata de espaço físico para armazenagem, impactando o custo logístico, e consequentemente o custo da operação.
Feitos esses esclarecimentos, reforçamos a necessidade de se ter, controlar e conhecer qual o giro de estoque e a sua programação de reposição, ou seja, de quanto em quanto tempo o estoque deve ser renovado. Enfatizamos o perfil de eficiência desse controle, assim como o seu necessário equilíbrio entre os produtos adquiridos e os produtos vendidos, ainda mais, quando estamos analisando uma atividade industrial, na qual o tempo de manufatura é mais um fator vital na análise.
Esse giro de estoque e a sua programação, devem indicar quantas vezes a mercadoria adquirida é revendida, havendo a necessidade de sua reposição, assim como, também, indica quantas vezes os insumos industriais foram requisitados pela linha de produção e o tempo para se transformarem em produto final, e para ele – produto final-, também, o seu tempo de venda uma vez no estoque de produtos acabados, e o consequente período de reposição.
Via de regra, o giro de estoque é calculado dividindo-se o total de vendas (ou de requisição do item pela linha de produção), pelo volume médio desse estoque específico.
Nesse controle de giro e programação é importante que a empresa possua acompanhamento de períodos nos quais a sazonalidade possa prejudicar suas vendas e produção por situações sabidamente possíveis de ocorrência (final de ano, datas comemorativas, feriados prolongados), isso considerando que essa sazonalidade pode ser favorável à operação, ou seja, período no qual vendemos bem mais e ai precisamos de estoque para suportar a operação de venda.
Assim, quando falamos em excesso de tributos sobre a operação, dificuldade de equilibrar o fluxo de caixa, e identificação de gastos em excesso com a logística da operação, importante avaliarmos aspectos relacionados a giro e programação de estoque, aliás, esse é um dos mais importantes patrimônios da empresa – estoque – é ele que bem trabalhado gera faturamento e receita.