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A tecnologia a favor da construção coletiva do conhecimento 5 de outubro de 2022

As Universidades Standford e Columbia reuniram 1.490 pessoas de cinco países para testar tipos de colaboração (presencial ou virtual) com diferentes objetivos e concluíram que o modelo presencial favorece a inovação e a criação de ideias

Nos últimos anos o contexto ao nosso redor mudou significativamente e, com isso, fomos levados a reaprender a viver e a adotar uma nova perspectiva de futuro, principalmente em relação ao modelo de trabalho. Até 2019 não era tão discutido como colaborar em nossas profissões e em nosso ambiente de trabalho, embora todos nós já soubéssemos como fazê-lo. Hoje a colaboração com nossas equipes ganhou outra importância e outra prioridade. Pois, a forma como trabalhamos não é mais a mesma.

A colaboração, ou seja, o trabalho em equipe, pressupõe que dois ou mais profissionais atuem em conjunto, trocando ideias e experiências, gerando como resultado dessa interação novas percepções e novos conhecimentos para todos. Quando uma empresa adota uma cultura de colaboração, seus profissionais acabam sempre aprendendo coisas novas, uns com os outros. Esse movimento é capaz de resultar em maior satisfação pessoal e profissional e numa construção coletiva de conhecimento.

Antes, a única forma de colaboração era no escritório, cara a cara. Nos reuníamos com colegas durante o café, tínhamos reuniões semanais de equipe e sessões de “brainstorm”. Durante a pandemia, todo esse processo foi redesenhado e passamos de “aquela reunião poderia ter sido uma call ou vídeoconferência” para “aquela videoconferência poderia ter sido um e-mail”. De certa forma, o distanciamento entre as pessoas aumentou e, atualmente, os novos conceitos de trabalho do futuro (repleto de ambientes híbridos) precisam ser repensados para não ampliar ainda mais esse distanciamento. Mas qual é a melhor maneira de colaborar? O que é preciso para que a colaboração ocorra de forma efetiva?

As Universidades Standford e Columbia reuniram 1.490 pessoas de cinco países para testar tipos de colaboração (presencial ou virtual) com diferentes objetivos e concluíram que o modelo presencial favorece a inovação e a criação de ideias. Porém, em outros trabalhos colaborativos, a interação virtual não prejudica a obtenção de resultados. Na verdade, a própria condição virtual beneficia a realização de objetivos.

Isso nos leva a acreditar que, embora o trabalho remoto tenha permitido manter os níveis de produtividade e resolver o trabalho de casa, as interações presenciais ainda são relevantes. De fato, o estudo “Work Rebalanced” realizado pela Pulse e encomendada pela Citrix em oito países constatou que 63% dos líderes empresariais e 69% dos colaboradores dizem que as interações cara a cara são essenciais para o bem-estar emocional. Nesse sentido, o trabalho híbrido combina o melhor dos dois mundos. Talvez isso explique o motivo pelo qual 71% dos trabalhadores híbridos dizem ter um forte vínculo emocional com sua equipe e colegas mais próximos, o que os motiva a trabalhar com mais afinco, em comparação com 63% dos trabalhadores presenciais e 60% dos trabalhadores remotos.

Para que uma colaboração efetiva aconteça neste cenário híbrido, a tecnologia é uma ferramenta vital. Seja em casa ou no escritório, os funcionários precisam ter acesso constante, confiável e seguro a todos os recursos dos quais precisam para serem produtivos onde estiverem e por meio de qualquer dispositivo. A tecnologia legada de hoje já possibilita uma boa experiência de trabalho em diferentes locais, gerando ganhos em produtividade e em bem-estar aos profissionais.

A esse respeito, o estudo também mostra que as empresas de tecnologia se destacam na colaboração híbrida, com 70% dos funcionários em empresas de TI dizendo que o trabalho híbrido não afetou sua capacidade de colaborar efetivamente, em comparação com 56% em outros setores. Além disso, 79% dos profissionais de TI concordam que a tecnologia está impulsionando a inovação neste novo cenário híbrido.

Normalmente, os profissionais buscam atuar em empresas nas quais possam contribuir como parte de um todo. É uma forma eficaz de aprender e crescer por meio da interação com pessoas de diferentes perfis de conhecimento e níveis hierárquicos. As empresas que incentivam e promovem a cultura de colaboração tendem a contar com funcionários mais motivados e se sobressaem na retenção de talentos.