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O mercado de trabalho no Brasil tem evoluído bastante e, ao mesmo tempo, inova suas necessidades em relação às décadas passadas. Com a economia cada vez mais baseada nas pessoas e em seus comportamentos, as empresas deixaram de buscar somente pela qualificação técnica e passaram a valorizar ainda mais o perfil pessoal e comportamental na hora de contratar.
Dominar um segundo ou terceiro idioma e estar sempre atualizado e capacitado em sua área de atuação tem sua devida importância e nunca deixará de ser fundamental, mas recentemente, o principal fator que tem levado as empresas e os recrutadores a selecionarem um entre centenas ou milhares de candidatos é o seu comportamento que, aliado a um conjunto de atitudes, formam o perfil pessoal ideal para o século XXI.
Sendo assim, além da capacitação técnica, as empresas buscam por pessoas que tenham sentimento de dono. São profissionais que entendam que ganhar dinheiro é uma conseqüência de seu desempenho, que saibam trabalhar com autonomia e liberdade, que ultrapassem as barreiras de seu job description, que potencializem e maximizem seu custo benefício, sonhem grande não tragam apenas os problemas, mas que também contribuam com as soluções. Um colaborador que não reclame, que seja resiliente e que seja um apaixonado pelo seu trabalho, que o ame.
Além de se comportar como o dono, é importante que o profissional tenha e desenvolva a sua visão de negócios para se diferenciar no mercado de trabalho. Isto significa que ele deve sempre manter o foco no cliente e no objetivo coletivo da empresa e se preparar para o longo prazo, compreendendo as tendências futuras de seu campo de atuação. Mas ao mesmo tempo, é preciso saber agir em situações imprevistas e imediatistas, se adaptando às influências externas que a empresa sofre, sejam sociais, econômicas ou políticas, além de identificar novas oportunidades e buscar inovar sempre.
Ter o comportamento de dono e usufruir de sua visão de negócio por si só ainda não é o suficiente. Para que um profissional se destaque, é preciso trabalhar sua habilidade de liderança com todas as pessoas envolvidas em seu relacionamento profissional.
Atuando com sua inteligência emocional, o profissional deve liderar para baixo (equipe), transformando-se no incubador de novos líderes, “donos” e profissionais com visão de negócio, sempre cascateando os valores e objetivos coletivos da empresa. Também deve saber liderar para os lados (internamente e externamente), construindo alianças que tragam benefícios para a empresa e, ao mesmo tempo, potencializar sua rede de relacionamentos para iniciar projetos importantes que dependam de outras áreas. Externamente, o profissional pode se tornar uma referência entre parceiros e concorrentes. E há também a liderança para cima (superior), na qual o líder, em alguns momentos, precisará fazer a gestão de seu chefe. Isso porque não basta ter uma boa idéia, é preciso vendê-la e aplicá-la junto com aquele que detém a autonomia para tal.
Agir como o dono, ter visão de negócios e ser um líder, aliado a uma comunicação clara, concisa e precisa, formam o perfil pessoal e comportamental que diferencia os profissionais quando estes se candidatam a posições executivas no mercado. Este perfil é chamado de Intra-empreendedor e tornou-se o mais procurado e desejado no mercado atual.