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O turismo médico brasileiro deve crescer 35% nos próximos cinco anos. É o que estima uma das organizadoras do Medical Travel Meeting Brazil, Mariana Palha. O evento, que está em sua segunda edição, acontecerá entre os dias 29 e 30 de agosto, na capital paulista.
Segundo Mariana, a expectativa positiva é incentivada por eventos esportivos que acontecerão no País, a Copa do Mundo e a Olimpíada. Ela explica que o Brasil será beneficiado por melhorias na infraestrutura, como aeroportos e redes hoteleira e meios de transporte, o que influenciará diretamente este segmento do turismo.
“O mercado de turismo médico movimenta US$ 60 bilhões por ano, segundo dados da OMS [Organização Mundial da Saúde]. O Brasil tem um grande potencial de crescimento no setor”, explica.
Número de estrangeiros
De acordo com o Ministério do Turismo, nos últimos três anos, o País recebeu 180 mil estrangeiros para tratamentos de saúde. Segundo Mariana, entre as especialidades médicas mais procuradas, estão cirurgia plástica e odontologia.
“Nós queremos incentivar a ortopedia, medicina esportiva, cardiologia, cirurgia bariátrica e reprodução assistida”, acrescenta.
Sobre os estrangeiros que viajam até o Brasil, Mariana afirma que muitos são dos Estados Unidos e dos países da Europa. Além destes, o Medical Travel Meeting Brazil focará ainda em países da América Latina e países falantes do português, como Portugal e Angola.
Em relação aos norte-americanos, uma pesquisa realizada pela Deloitte aponta que eles procuram o Brasil porque o custo brasileiro na área da saúde é quase a metade do valor pago nos EUA. Além disso, eles apontam a proximidade geográfica e a confiança em cirurgias plásticas.
Iniciativa do Mtur
Para incentivar este segmento no Brasil, o Ministério do Turismo lançou, no ano passado, uma cartilha denominada Caderno de Orientações Básicas do Turismo de Saúde, cujo objetivo é estimular a iniciativa privada a atuar na estruturação do turismo de saúde.
Para o ministério, é necessário compreender o perfil do turismo médico. Segundo o governo, ainda não existem pesquisas que apresentem uma base de dados consistente que possibilite identificar com precisão as principais tendências sobre hábitos de viagem e preferências específicas do turismo de saúde.