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Os últimos dados da Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), do CNC (Conselho Nacional do Comércio), mostram que 71,6% dos brasileiros têm dívidas com o cartão de crédito. Com as novas regras da moeda de plástico, que entram em vigor no dia 1º de junho, contudo, as taxas de endividamento e inadimplência com o meio de pagamento podem cair.
A principal mudança nesse sentido é o aumento do pagamento mínimo da fatura, que passará dos atuais 10% para 15% em junho e para 20% a partir de dezembro deste ano. Com isso, os consumidores precisam fazer mudanças na maneira como utilizam o cartão de crédito, a fim de torná-lo uma ferramenta de controle financeiro.
Para o especialista em finanças do Moneyfit, Antonio De Julio, embora o percentual de 20% ainda seja muito pequeno, caberá aos consumidores saber utilizar bem a moeda de plástico a partir de junho. Para tanto, ele dá sete dicas para o uso consciente do cartão.
Sete passos
Para não entrar nas estatísticas de endividamento e inadimplência, De Julio indica às famílias ter apenas um cartão e dar preferência a descontos e promoções tanto em lojas como em atrações musicais, para que, quando a fatura chegar, a família dê conta de pagar o valor integral. “Quando se paga a fatura em dia, não é necessário se preocupar com as taxas do rotativo”, afirma o especialista.
Além disso, o fato de a família ter apenas um cartão permite um controle maior dos gastos, bem como facilita a negociação da anuidade com a instituição financeira. Outro ponto é com relação aos juros: nunca deixe de atentar a eles e sempre pesquisa a instituição que possa lhe oferecer os menores.
Na hora de contratar cartões “private label”, de lojas, atente às taxas cobradas para a sua utilização. O fato de muitas não cobrarem anuidade não significa que você está isento de juros e outras taxas. Nesses casos, o especialista ressalta para que o consumidor esclareça todas as dúvidas que possa ter antes de contratar o cartão.
Outra dica é o consumidor aproveitar todos os benefícios que o cartão oferece, como milhas e programa de pontuação. “Mas jamais gastar pensando em simplesmente acumular esses benefícios”, considera De Julio.
Esperar a fatura chegar para saber quanto pagará não é uma boa saída para quem quer usar o cartão de maneira consciente. O especialista recomenda aos consumidores checar o extrato do cartão ao menos uma vez por semana e sempre que utilizá-lo para saber até onde pode ir.
Utilizar o cartão para controlar os gastos não é recomendável, mas necessário, dependendo do caso. Para o especialista, o mais importante é não perder o controle.