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TI: não basta implantar, tem que saber usar

A maior parte das micro e pequenas empresas com menos de dez funcionários não conta sequer com um profissional especializado

Lançar um pacote de soluções e serviços direcionado para uma área específica exige o estudo das necessidades do setor a ser atingido, por isso, antes de fechar o projeto do Kit de Competitividade Tecnológica para as Micro e Pequenas Empresas, a Intel encomendou uma pesquisa sobre como elas usam hoje a tecnologia. E os números mostraram que o desafio está só começando.

 

Ter uma empresa conectada hoje vai muito além de um desktop ligado à web no escritório do dono do negócio. Isto poderia até valer há uma década, mas hoje, não mais. É preciso usar corretamente as máquinas, investir de forma coerente no parque tecnológico a ser criado, ter equipe treinada, aparecer na web. E a pesquisa encomendada pela Intel, realizada pela Ipsos numa amostragem de 1,5 mil empresas, desde as menores, com até três funcionários, até as com mais de 200, de diferentes perfis (comércio, indústria e serviços), em todas as regiões do Brasil, mostra a urgência de mudança no quadro atual. Imagine que apenas 38% das empresas brasileiras pesquisadas contam com um departamento de TI estruturado, metade delas, sem um profissional especializado em análise estratégica dos investimentos e práticas de Tecnologia da Informação e Comunicação.

A maior parte das micro e pequenas empresas com menos de dez funcionários não conta sequer com um profissional especializado e cerca de um terço não dispõe de serviço terceirizado de manutenção e suporte.

O desafio é fazer com que as pequenas e médias empresas passem a ver a tecnologia como um instrumento competitivo e que pode fazer a diferença na hora de alavancar seus negócios e mostrar o diferencial dos serviços oferecidos. “Das empresas que têm servidor, 40% usam desktops por não conhecerem os benefícios de um servidor real; mais de 90% tem computador, mas, deste percentual, apenas 38% tem pessoal dedicado a esta estrutura”, afirma Cássio Tietê. Ainda segundo a pesquisa, entre as que não possuem computadores, 68% afirmaram que o tipo de negócio não demanda uso de tecnologia, enquanto as demais apontaram a falta de informação e capacitação para a adoção de tecnologia ou o ceticismo sobre o custo-benefício que ela pode trazer.

Grandes

Apesar de tanto ainda a amadurecer entre as menores, o setor vive um momento positivo no País, com ótima aceitação entre as companhias que já deram os primeiros passos e aderiram à TI. Segundo o Gartner, na América Latina, o orçamento para gastos com serviços de TI subirá 6,6% em 2010, enquanto, globalmente, a estatística para o ano é de apenas 1,3%. Em 2009, período de auge da crise financeira mundial, o orçamento para a América Latina teve um incremento de 2,1%, ante os 0,16% das outras regiões.