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Para Maria Levorin, diretora de distribuição e suitability da Multiplica Crédito & Investimentos:
O cenário macroeconômico de maio se mantém desafiador, com a Selic elevada e a inflação ainda acima da meta definida pelo Banco Central. Com a decisão recente do Copom de elevar a Selic para 14,75% ao ano, as expectativas de um ambiente de juros elevados permanecem. Esse contexto tem aumentado a busca por investimentos lastreados em ativos reais, como os FIAGROs, que oferecem proteção contra oscilações do mercado, e pelos FIDCs, que continuam sendo alternativas atrativas para investidores em busca de diversificação e rendimento consistente.
Os FIAGROs, especialmente os com histórico de gestão consolidada, como o EGAF11, se destacam. Esses fundos oferecem rendimento mensal isento de imposto, com retornos que variam entre CDI mais 2,5% e CDI mais 5% ao ano, e mantêm exposição ao agronegócio, setor que segue resiliente, mesmo diante de desafios climáticos pontuais.
O agronegócio continua sendo uma força vital para a economia brasileira. As exportações do setor somaram US$ 37,8 bilhões no primeiro trimestre de 2025, atingindo o maior valor já registrado para esse período, impulsionadas principalmente pela soja, carne bovina e celulose. A demanda internacional segue robusta, o que reforça a relevância estratégica do setor agropecuário na balança comercial do país.
Os FIDCs também se mantêm como uma alternativa relevante em um cenário de juros elevados. Esses fundos, que são lastreados por recebíveis, oferecem uma forma de diversificação e rentabilidade ajustada à realidade do crédito privado. FIDCs com uma gestão eficiente e governança consolidada podem ser uma opção sólida para investidores que buscam mitigação de riscos e estabilidade em um ambiente de incertezas econômicas.
Do ponto de vista regulatório, a Resolução CVM 214/2025 trouxe um avanço significativo ao aumentar a transparência e padronização nos fundos voltados ao agronegócio e ao crédito privado, como os FIDCs. A norma fortalece a segurança jurídica e eleva o nível de confiança dos investidores, promovendo a maior institucionalização desses mercados. Fundos que já operam com boas práticas de governança, como o EGAF11 e os FIDCs com sólida gestão, estão bem posicionados para se beneficiar desse novo ambiente regulatório.
Assim, tanto os FIAGROs quanto os FIDCs seguem se consolidando como alternativas eficientes para quem busca retorno consistente, previsibilidade e proteção contra a volatilidade dos mercados financeiros, ao mesmo tempo em que contribuem para o desenvolvimento de setores estratégicos da economia brasileira.