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Brasil
O fechamento da semana foi marcado pela surpresa com a informação do IBGE que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que registrou alta de 0,28% em agosto, enquanto a oscilação da curva de juros apresentou queda de 0.5 p.p. O impacto no mercado foi nítido, em um movimento que pode ser pontual, mas que levou ao arrefecimento das expectativas de aceleração, algo já previsto pelos analistas até o fim do ano. Como já foi sinalizado pelo próprio BC, há maior probabilidade de um corte de meio ponto percentual da taxa básica Selic.
Dólar
Em semana marcada pelo dólar chegando a R$4,99 na segunda e fechando a sexta em alta diária de 0,5%, cotado a R$ 4,87, a aversão ao risco dominou o fim da semana. Houve espera ansiosa de investidores pelo discurso de Jerome Powell no simpósio de Jackson Hole, enquanto o mercado acreditava que o presidente do Federal Reserve (Fed) reforçaria a ideia de que a escalada de juros nos Estados Unidos ainda não acabou.
A taxa de juros americana segue elevada para o padrão histórico, e um dos principais fatores da valorização do real frente ao dólar é uma operação em que os investidores pegam emprestado em lugares com juros baixos e aplicam em outros mercados em busca de rendimento de juros. Acredito que um cenário de corte de juros nos EUA possa pressionar o dólar para baixo, movimento que vai afetar os mercados globais, mas deve gerar impacto por aqui também pelo cenário fiscal nacional.