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Embora o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) já esteja “na estrada” há quase dez anos, salta aos olhos a preocupante situação de boa parte dos profissionais de contabilidade e escritórios contábeis ativos em nosso país.
Complexa, a sistemática tem gerado uma verdadeira corrida por cursos oferecendo os subsídios necessários para o correto atendimento das novas obrigações acessórias, visto que parcela considerável do setor ainda não se sente totalmente preparada para tal.
O caos se manifesta na prática, e é comprovado pelos constantes alertas publicados pelas autoridades tributárias sobre a má qualidade dos arquivos eletrônicos transmitidos, quando não simplesmente enviados vazios. O gargalo está na gestão da troca de informações entre empresas e contadores, bem como na precária administração dos empregadores ou clientes por eles atendidos.
Já as organizações contábeis devem caminhar para um novo conceito de gestão, mais estratégico, inovador, com foco no atendimento ao mercado, além da eficiência no cumprimento das obrigações legais e com forte base tecnológica.
A cadeia produtiva do agronegócio vem buscando melhorias de eficiência por meio de boas práticas de gestão e atitudes inovadoras há pelo menos duas décadas. Não por acaso, tem sido honrosa exceção no tímido crescimento da nossa economia, justamente por ter percebido a tempo a necessidade de uma ampla reestruturação.
O setor contábil igualmente tem pela frente grandes oportunidades para adotar um novo modelo, processo que deve contar com a participação de todos: entidades, organizações contábeis, faculdades e escolas de cursos livres que realmente primem pela qualidade.
Num país empreendedor como o nosso, o solo neste campo também é fértil restando apenas lançar desde já sobre ele as melhores sementes possíveis.
(*) Roberto Dias Duarte é Administrador de Empresas com MBA pelo Ibmec e autor da série de livros Big Brother Fiscal